“Vinde a mim todos vós que estais cansados!"




Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse:
28 “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso.
29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso.
30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

Evangelho (Mateus 11,28-30)







Primeira leitura (Isaías 26,7-9.12.16-19)
Leitura do Livro do Profeta Isaías.


7O caminho do justo é reto, e tu ainda aplainas a estrada ao justo. 8Sim, no caminho dos teus juízos esperamos em ti, Senhor; para o teu nome e para a tua memória volta-se o nosso desejo. 9Quando vem a noite anseia por ti a minh’alma e com a força do espírito te procuro no meu íntimo. Quando brilharem na terra teus juízos, os habitantes do mundo aprenderão a ser justos.
12Senhor, hás de dar-nos a paz, como nos deste a mão em nossos trabalhos. 16Senhor, eles a ti recorreram na angústia; exageraram na superstição, e veio-lhes o teu castigo. 17Como a mulher grávida, ao aproximar-se o parto geme e chora em suas dores, assim nós, Senhor, em tua presença.
18Concebemos e sofremos dores de parto, e o que geramos foi vento. Não demos à terra frutos de salvação, não fizemos nascer habitantes para o mundo. 19Reviverão os teus mortos e se levantarão também os meus mortos. Despertai, cantai louvores, vós que jazeis no pó! Senhor, é orvalho de luz o teu orvalho, e a terra trará à luz os falecidos.



Salmo (Salmos 101)

— O Senhor olhou a terra do alto céu.
— O Senhor olhou a terra do alto céu.

— Vós, Senhor, permaneceis eternamente, de geração em geração sereis lembrado! Levantai-vos, tende pena de Sião, já é tempo de mostrar misericórdia! Pois vossos servos têm amor aos seus escombros e sentem compaixão de sua ruína.
— As nações respeitarão o vosso nome, e os reis de toda a terra, a vossa glória; quando o Senhor reconstruir Jerusalém e aparecer com gloriosa majestade, ele ouvirá a oração dos oprimidos e não desprezará a sua prece.
— Para as futuras gerações se escreva isto, e um povo novo a ser criado louve a Deus. Ele inclinou-se de seu templo nas alturas, e o Senhor olhou a terra do alto céu, para os gemidos dos cativos escutar e da morte libertar os condenados.


Homilia:


Padre Fabio de Freitas
fonte: http://www.bibliacatolica.com.br/


Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova


Uma das coisas que sempre me chamaram muito a atenção nos Evangelhos é quanto ao momento – cronologicamente falando – em que Jesus prefigura a instituição da Eucaristia e a institui no cenáculo naquela Quinta-feira Santa, às vésperas da Sua Paixão, Morte e Ressurreição.

Quando o Senhor multiplica os pães, nas duas ocasiões, é no final da tarde, início de noite; é o próprio Cristo que não permite que a multidão saia sem se alimentar, pois já cai a noite. Jesus institui a Eucaristia no final da tarde, início da noite, daquela Quinta-feira Santa; em Emaús, Ele passa adiante, fazendo que iria embora, quando os discípulos dizem: “Fica conosco, Senhor, pois o sol declina e já é tarde”. Que coisa espetacular e impressionante! É algo que precisamos entender profundamente, para que venhamos a viver o que o Ressuscitado pede no Evangelho de hoje: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vosso fardos, e eu vos darei descanso”.

Ora, para entendermos isso, vamos nos remeter àquilo que acontece conosco no cotidiano de cada um de nós, na vida concreta. Não existe nada mais maravilhoso do que chegar em casa no final do dia, depois de um dia cheio, cansativo, tomar um banho, ver a família, tomar uma refeição com as pessoas que amamos e restabelecermos as forças; tudo isso, no final do dia, início da noite, no entardecer.

O que Jesus quer nos ensinar com essa atitude? Quer nos ensinar que devemos fazer isso, com relação às realidades espirituais também; urgentemente! O entardecer para Cristo – quanto ao prefigurar e ao instituir a Eucaristia – não se encontra fundamentado numa realidade cronológica, mas espiritual, ou seja, quando o cansaço bater, quando as situações pesarem, quando a dor chegar e o desgaste sufocar a nossa vida, devemos nos refazer e buscar forças em Deus, na Eucaristia, refugiando-nos no Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é manso e humilde! Tudo isso por meio de uma profunda intimidade com Ele, constantemente.

Devemos aprender a levar o nosso coração fragmentado, dilacerado, dividido, angustiado, para dentro do Coração de Jesus; aliás, providencialmente, este Evangelho caiu exatamente hoje, no dia de São Boaventura, cuja memória celebramos com toda a Igreja. Esse grande santo diz que, assim como os pássaros buscam seu refúgio nas fendas das rochas, depositando ali seus ninhos, da mesma forma devemos nós depositar toda a nossa vida, tudo o que temos e somos, na fenda do Coração Misericordioso de Jesus, Cristo, rasgado pela lança, por amor a cada um de nós.

Receba, Senhor, o nosso coração cansado, dividido, em pedaços e unifique, restaure; refugia-nos em Teu Coração. Sim, Jesus, eu confio em Vós.


Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica


O REPOUSO PROMETIDO
O Mestre Jesus propôs-se a romper um certo esquema religioso de sua época, no qual as pessoas viviam assoberbadas em cumprir uma enorme quantidade de minuciosas prescrições religiosas, não tendo tempo para as coisas essenciais. Evidentemente, quem penava, carregando pesados fardos, era o povo simples, ao passo que fariseus e doutores da Lei adaptavam as exigências legais às suas comodidades.
O jugo suave e o fardo leve anunciados por Jesus não consistiam na abolição pura e simples das exigências religiosas, mas sim, na sua substituição por uma outra pauta de ação: seguir o Mestre no caminho do amor compassivo e misericordioso ao próximo. Nada de preocupação com coisas secundárias, nem neurotização para cumprir, nos mínimos detalhes, as coisas prescritas. A libertação disto tudo aconteceria, ao se buscar viver o amor misericordioso como exigência fundamental, no processo de comunhão com Deus.
Por isso, existe uma profunda diferença entre os discípulos dos mestres da Lei e os discípulos de Jesus. Os primeiros penam, sob o pesado fardo das exigências da Lei. Os segundos fazem a experiência da paz e do repouso, ao se submeterem somente à lei do amor. Os primeiros são orientados por espíritos arrogantes e prepotentes. Os segundos experimentam a mansidão e a humildade de Jesus.
"Vinde a mim" é o apelo de Jesus a quem é escravizado pela religião.

Prece
Espírito de paz e de repouso, liberta-me do pesado jugo do legalismo, e faze-me abraçar o jugo suave e leve, que me leva a ser misericordioso para com o meu próximo.

fonte:
http://www.npdbrasil.com.br

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