Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim! Salmo (Daniel 3,62s.)


Evangelho (Lucas 21,12-19)

Quarta-Feira, 23 de Novembro de 2011
34ª Semana Comum


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Antes que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. 13Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. 14Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; 15porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. 16Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. 17Todos vos odiarão por causa do meu nome. 18Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. 19É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!


Primeira leitura (Daniel 5,1-6.13-14.16-17.23-28)


Leitura da Profecia de Daniel.

Naqueles dias, 1o rei Baltazar ofereceu um grande banquete aos mil dignitários de sua corte, tomando vinho em companhia deles. 2Já embriagado, Baltazar mandou trazer os vasos de ouro e prata, que seu pai Nabucodonosor tinha tirado do templo de Jerusalém, para beberem deles o rei e os grandes do reino, suas mulheres e concubinas.
3Foram, pois, trazidos os vasos de ouro e prata, retirados do templo de Jerusalém, e deles se serviram o rei e os grandes do reino, suas mulheres e concubinas; 4bebiam vinho e engrandeciam seus deuses de ouro e prata, de bronze e ferro, de madeira e pedra.5Naquele mesmo instante, apareceram dedos de mão humana que iam escrevendo, diante do candelabro, sobre a superfície da parede do palácio, e o rei via os dedos da mão que escrevia. 6Alterou-se o semblante do rei, confundiram-se suas ideias e ele sentiu vacilarem os ossos dos quadris e tremerem os joelhos.
13Então Daniel foi introduzido à presença do rei, e este lhe disse: “És tu Daniel, um dos cativos de Judá, trazidos de Judá pelo rei, meu pai? 14Ouvi dizer que possuis o espírito dos deuses, e que em ti se acham ciência, entendimento e sabedoria em grau superior.16Ora, ouvi dizer também que sabes decifrar coisas obscuras e deslindar assuntos complicados; se, portanto, conseguires ler o escrito e dar-me sua interpretação, tu te vestirás de púrpura, e levarás ao pescoço um colar de ouro, e serás o terceiro homem do reino”. 17Em resposta, disse Daniel perante o rei: “Fiquem contigo teus presentes e presenteia um outro com tuas honrarias; contudo, vou ler, ó rei, o escrito e fazer-te a interpretação. 23Tu te levantaste contra o Senhor do céu; os vasos de sua casa foram trazidos à tua presença e deles bebestes vinho, tu e os grandes do reino, suas mulheres e concubinas; ao mesmo tempo, celebravas os deuses de prata e ouro, de bronze e ferro, de madeira e pedra, deuses que não veem nem ouvem, e nada entendem — e ao Deus, que tem em suas mãos tua vida e teu destino, não soubeste glorificar. 24Por isso, foram mandados por ele os dedos da mão, que fez este escrito. 25Assim se lê o escrito que foi traçado: mâne, técel, pársin. 26E esta é a explicação das palavras: mâne: Deus contou os dias de teu reinado e deu-o por concluído; 27técel: foste pesado na balança, e achado com menos peso; 28pársin: teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas”.



Salmo (Daniel 3,62s.)



— Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
— Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

— Lua e sol, bendizei o Senhor!
— Astros e estrelas, bendizei o Senhor!
— Chuvas e orvalhos, bendizei o Senhor!
— Brisas e ventos, bendizei o Senhor!
— Fogo e calor, bendizei o Senhor!
— Frio e ardor, bendizei o Senhor!



O homem que confia em Deus testemunha na perseguição


Jesus continua falando sobre as perseguições que os discípulos sofrerão. Estas advertências estão inseridas em Sua fala ao fazer o envio missionário.

As provações dos discípulos de Cristo têm um alcance escatológico, isto é, anteciparão não só a destruição de Jerusalém, mas também a própria Parusia. Tendo em vista que serão perseguidos tanto pelas sinagogas judaicas como por reis e governadores gentios.

Nos Evangelhos sinóticos encontramos conjuntos de textos escatológicos, com estilo apocalíptico, que prenunciam o fim dos tempos, de maneira trágica, com a volta do “Filho do Homem”. Este estilo literário reproduz a forma encontrada no Antigo Testamento, no qual, a partir do “Dia de Javé” – dia de terror para o mundo, porém, de glória para Israel – se elaborou uma literatura apocalíptica. A presença desses textos no Novo Testamento é o reflexo da antiga tradição das primeiras comunidades de convertidos do Judaísmo. Tais textos são encontrados, em bloco, nos “discursos escatológicos”, em Mateus (cap. 24-25) e em Marcos (cap. 13), e em dois discursos em Lucas. A invariabilidade das sentenças dos textos, nos três Evangelhos, leva a supor que os evangelistas recorreram às mesmas fontes de tradição, especificamente escatológicas.

O discurso escatológico em Marcos prioriza o prenúncio da destruição de Jerusalém, à qual é associada a vinda do Filho do Homem. No discurso escatológico de Mateus, as sentenças sobre a destruição de Jerusalém e sobre a vinda do Filho do Homem estão entremeadas. Lucas, em um primeiro discurso, destaca o tema escatológico da vinda do Filho do Homem (cf. Lc 17,22-37) e, em outro, retoma esse assunto a partir do tema da destruição de Jerusalém, incluindo também a perseguição contra os discípulos missionários (id. 21,5-36).

No início do ministério de Paulo havia uma expectativa da volta iminente de Jesus, a Parusia. Contudo, essa expectativa surtiu efeito negativo, tendo em vista que muitos passaram a viver uma vida ociosa e desordenada. Com o tempo, essa realidade [a expectativa da Parusia] foi desaparecendo, dando lugar à consciência da presença atual de Jesus nas comunidades dos discípulos, que lutam por um mundo novo possível.

O testemunho, nas perseguições e diante dos tribunais, não é resultado da eloquência, mas sim do abandono confiante nas mãos de Deus. É o próprio Jesus quem dá ao discípulo as palavras adequadas a serem proferidas diante dos tribunais. Lucas tinha em mente o testemunho de Estevão e outros mártires.

As comunidades dos discípulos, comprometidas com a missão, ao longo da história, têm vivido sob as diversas provações impostas pelos poderosos. A perseverança nas tribulações, suportadas em nome de Jesus, é o caminho para a vida.

Dai-me, Senhor, a graça da perseverança nas tribulações a fim de que eu tenha vida plena em Vós.

Padre Bantu Mendonça


Fonte:

http://blog.cancaonova.com/homilia/2011/11/23/

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